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Durante uma entrevista na Santola TV, os rappers Okapa e Lafinese discutem a evolução da música em São Tomé e Príncipe.


Recentemente, os rappers Okapa e Lafinese foram entrevistados na Santola TV, onde discutiram a rica e complexa evolução da música em São Tomé e Príncipe.


Durante a conversa, os artistas destacaram a crescente presença da nova geração de músicos, que se distingue pela ousadia e inovação. Com acesso a mais recursos e oportunidades, essa nova leva de artistas está a revitalizar a cena musical local.


No entanto, apesar dessa evolução, a música em São Tomé enfrenta desafios notórios. A globalização tem trazido consigo a perda de identidade cultural, tornando urgente a necessidade de revitalizar a produção musical local e valorizar os ritmos autênticos que fazem parte da essência do país. Ambos os rappers concordaram que é fundamental criar músicas que carreguem significados duradouros, que ressoem não apenas no presente, mas que também se fixem na memória coletiva do povo.


Um dos tópicos mais debatidos na entrevista foi a falta de conexão entre a Velha Guarda, composta por músicos consagrados, e a Nova Geração. Essa desconexão tem dificultado colaborações essenciais para a evolução do género. Okapa e Lafinese enfatizaram a importância de unir forças, prometendo que um ambiente musical mais inclusivo pode gerar resultados surpreendentes e de qualidade.


A dinâmica de trabalho entre os artistas é fundamental para a criação musical. Colaborações trazem novas perspetivas e enriquecem o processo criativo. Além disso, Lafinese compartilhou as suas experiências na escola, mencionando como a professora Petra foi fundamental para motivá-lo a aprimorar a sua habilidade em português, uma ferramenta vital na sua trajetória musical.


Por fim, os rappers reforçaram um ponto crucial: a necessidade de continuar a criar, independentemente do reconhecimento imediato. O verdadeiro valor da arte não deve ser quantificado apenas pela fama, mas pela sua capacidade de tocar e inspirar as pessoas. A música em São Tomé e Príncipe está num ponto de inflexão, e é com essa visão de união e autenticidade que os novos talentos podem moldar o futuro musical do arquipélago.

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